quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Comércio na Mesopotâmia

Ao longo de sua história, a Mesopotâmia se transformou em um dos maiores centros comerciais do Oriente




Os povos mesopotâmicos dedicavam-se principalmente ao comércio e agricultura. Atividades complementares também eram desenvolvidas como, por exemplo, artesanato, fabricação de tecidos, metalurgia e confecção de jóias.

O surgimento do comércio

Com desenvolvimento das atividades agro-pastoris, os povos mesopotâmicos foram capazes de acumular excedentes responsáveis pela articulação das primeiras atividades comerciais. A facilidade de deslocamento no território mesopotâmico e a carência de produtos em certas regiões também contribuíram enormemente para a consolidação de uma classe de mercadores.




A partir do III milênio cidades como Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk, Gatium e a região do Elam se desenvolvem e a atividade comercial entre eles se torna mais intensa.

Os comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender suas mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram encontradas na Mesopotâmia.

Diversas caravanas eram formadas com o intuito de buscar matérias-primas como pedras preciosas, marfim, cobre e estanho. Ao longo de sua história, a Mesopotâmia se transformou em um dos maiores centros comerciais do Oriente, atraindo o interesse de comerciantes da Ásia Menor e da região do Cáucaso. Com um padrão monetário pouco desenvolvido, a grande maioria das negociações era feita a partir da troca de barras de ouro e prata.

Evolução econômica

A economia dos povos mesopotâmicos, tendo grande semelhança com o Egito, era sustentada pela produção agrícola obtida às margens dos rios Tigre e Eufrates. No entanto, a violência e irregularidade do sistema de cheias desses dois rios exigiam um esforço maior para que a exploração agrícola fosse viabilizada.

Registros da época descrevem alagamentos que cobriam o solo "até onde os olhos não alcançam", muitas vezes destruindo tudo ao redor.

A tecnologia agrícola desses povos exigia a elaboração de um sofisticado sistema de irrigação e drenagem controlada pela construção de diversos diques e barragens.

As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de armazenamento de água para o período da seca.

A economia e surgimento da escrita

A agricultura floresceu às margens do Tigre e do Eufrates. A base da alimentação era composta por cereais, principalmente a cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número cada vez maior de funcionários públicos.

O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e ostentar seu poder.

Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a alimentação e o comércio das cidades.


Tábua de barro de 2040 a.C. com balanço anual de
uma oficina de cerâmica em Ur, na antiga Suméria,
com registros de matérias-primas e dias de trabalho.

Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade.

As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as mais antigas formas de escrita do homem.

O desenvolvimento comercial sob o Império Babilônico

Formando um centro comercial de grande importância e ao mesmo tempo dominando o trânsito pelo rio Eufrates, a cidade de Babilônia consegue forças para se libertar dos laços políticos que a prendem aos sumérios. Devido à desintegração política dos governantes de Ur, há a ascensão militar da cidade da Babilônia. O rei babilônico Hamurabi leva seus exércitos até as longínquas regiões do norte e consegue concentrar todo o poder para a cidade da Babilônia. Sob Hamurabi a região conhece um período de grande atividade comercial, surgindo novas cidades e novas rotas comerciais.

Fontes: Wikipédia / Suapesquisa.com / UOL Educação / www.crb.g12.br / Brasil Escola


Leia também!

► Rota redescoberta

► Rota da Seda:
Infinita Highway


► O Comércio no
Império Romano


► O Comércio
Viking na Europa

6 comentários:

Profº Alexandre disse...

Olá, Professor Valter
O seu blog acabou de receber o Prêmio Dardos, passe no meu blog -http://ateliedehistoria.blogspot.com e confira a indicação.
Parabéns, pelo blog.
Um grande abraço.
Alexandre.

Unknown disse...

Olá professor
Estou fazendo uma monografia e gostaria de usar a figura da tábua porém eu gostaria de saber se retirou ela de algum livro? Obrigada, se for possível me retornar ficaria muito grata, meu email é controladoria20101@gmail.com Prycila

Sara disse...

É sempre bom para se sentar para comer e começar a ler as coisas que você não sabia, espero que em algum momento têm a oportunidade de ler mais, como em restaurantes e Tatuape

Unknown disse...

obrigado pelo grande trabalho ,gratidão

Unknown disse...

Vlw mano

Unknown disse...

Mitoooooooooooooooo