Introdução
O termo Pérsia é originário de uma região do sul do Irã conhecida como Persis ou Parsa. Seu nome foi gradualmente utilizado pelos gregos clássicos e pelo mundo ocidental para ser aplicado a toda a planície iraniana. Entretanto, os próprios iranianos a denominaram durante muito tempo Irã, que significa, a ‘terra dos ários’. Em 1935, o governo solicitou a utilização do nome Irã em vez de Pérsia.
Primeiro Império
A planície iraniana foi ocupada por volta de 1500 a.C. por tribos árias, das quais a mais importante era a dos medos, que ocuparam a parte noroeste, e os parsas (persas). Estes foram dominados pelos medos até a ascensão ao trono persa, em 558 a.C., de Ciro o Grande, um Aquemênida. Este derrotou os governantes medos, conquistou o reino da Lídia, em 546 a.C., e o da Babilônia, em 539 a.C., tornando o Império Persa o poder dominante na região. Dario I subiu ao trono em 521 a.C., ampliou as fronteiras persas, reorganizou todo o império e esmagou a revolta dos jônios gregos. Suas forças foram derrotadas na batalha de Maratona, em 490 a.C. Seu filho Xerxes I também tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado na batalha naval de Salamina, em 480 a.C., assim como na batalha terrestre de Platea e na naval de Micala (ou Micale), em 479 a.C.
Este relevo em pedra representa Dario I, o Grande (à direita), e seu filho e sucessor, Xerxes I. Dario I governou o império persa de 521 a 486 a.C.
Durante o reinado de Artaxerxes I, segundo filho de Xerxes, os egípcios se rebelaram com a ajuda dos gregos. Embora a revolta fosse contida em 446 a.C., ela representou o primeiro ataque importante contra o Império Persa e o começo de sua decadência.
Alexandre Magno e os Selêucidas
Durante o século IV a.C., o império foi esfacelado em conseqüência de numerosas revoltas, mas o golpe final foi dado por Alexandre Magno, que anexou o Império Persa a seu domínio mediterrâneo depois de derrotar as tropas de Dario III numa série de batalhas, entre 334 e 331 a.C. À morte de Alexandre, em 323 a.C., seguiu-se uma longa luta, entre seus generais, pelo trono. O vencedor foi Seleuco I, que anexou o resto do antigo Império Persa a leste, até o rio Indo, assim como a Síria e a Ásia Menor. Desse modo, a Pérsia foi transformada numa unidade subordinada ao domínio dos Selêucidas, até que estes foram expulsos pelos partos, no século II a.C.
Os Sassânidas
Em 226 d.C., Ardachir I, rei vassalo persa, rebelou-se contra os partos, derrotando-os na batalha de Ormuz (224), e fundou uma nova dinastia persa, os Sassânidas. Instituiu o zoroastrismo religião oficial. Foi sucedido, em 240, por seu filho Sapor (ou Sahpur) I, que enfrentou duas guerras contra o Império Romano. Entre 260 e 263 perdeu as conquistas para Odenat, príncipe de Palmira e aliado de Roma. A guerra contra Roma foi retomada por Narsés, cujo exército foi aniquilado em 297. Sapor (ou Sahpur) II (reinando de 309 a 379) reconquistou os territórios perdidos.
O governante seguinte foi Yazdgard I, que reinou pacificamente de 399 a 420. Seu filho e sucessor, Bahram IV, declarou guerra a Roma em 420. Dois anos mais tarde, os romanos o derrotaram. Em 424 os persas cristãos declararam sua independência da Igreja ocidental.
No final do século V, a Pérsia foi atacada por um novo inimigo, os bárbaros heftalitas, ou ‘ hunos brancos’, que atacaram o rei persa Firuz (ou Peros) II, em 483, e durante alguns anos exigiram enormes tributos. Em 498, Kavad foi deposto por seu irmão ortodoxo Zamasp, mas, com a ajuda dos heftalitas, foi restaurado ao trono em 501. O filho e sucessor de Kavad, Cosroes I, teve êxito em suas guerras contra o imperador bizantino Justiniano I e estendeu seu domínio, tornando-se o mais poderoso de todos os reis Sassânidas. Seu neto, Cosroes II, iniciou uma longa guerra contra o imperador bizantino em 602 e, por volta de 616, havia conquistado praticamente todo o sudoeste da Ásia Menor e Egito.
O último rei Sassânida foi Yazdgard III, em cujo reinado (632-641) os árabes invadiram a Pérsia, destruíram toda a resistência, substituíram gradualmente o zoroastrismo pelo islamismo e incorporaram a Pérsia ao califado.
Persépolis (em grego, ‘cidade dos persas’), uma das antigas capitais da Pérsia; suas ruínas estão localizadas em Takht-i Jamshid, próximo a Sirâz, Irã. Denominada Parsa pelos persas, foi, desde o reinado de Dario I, no final do século VI a.C., residência dos reis Aquemênidas.
O local correspondente à antiga cidade de Persépolis guarda ruínas de diversos prédios monumentais. A imagem mostra a grande escada que leva ao Tripylon, cujas balaustradas têm esculturas em baixo-relevo que remontam ao século VI a.C.
Fonte: www.historiadomundo.com.br
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domingo, 10 de agosto de 2008
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Um comentário:
Muito bom o seu trabalho. Carter sempre foi atraído pela história. Quem procura desenvolver esse conhecimento merece os aplausos de todos nós. Afinal, toda grande civilização tem um início.
Jimmy Carter.
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