terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estrada Real Persa

A Estrada Real Persa foi uma antiga via construída pelo rei
Persa Dario I no século V a.C.. Dario construiu a estrada para proporcionar uma comunicação rápida por todo seu grande império, desde Susa até Sardes.



Mapa do Império Persa em seu apogeu e a Estrada Real.


O trajeto da Estrada Real

Os mensageiros poderiam percorrer 2.699 km em sete dias. Acerca destes mensageiros, o historiador grego Heródoto registrou: "Não há nada no mundo que viaje mais rápidos que esses mensageiros persas". E ainda: "Nem a neve, nem a chuva, nem o calor e nem a escuridão da noite impedem que realizem a tarefa proposta a eles com a máxima velocidade".

O traçado da estrada foi reconstruído a partir dos escritos de Heródoto, de outras fontes históricas e de pesquisa arqueológica. Iniciava-se no Oeste do Império, em Sardes (cerca de 60 milhas a Leste de Izmir na atual Turquia), em direção ao Leste através do atual meio-norte da Turquia até Ninive, a antiga capital Assíria (atual Mossul, no Iraque) onde então infletia para o Sul, até à Babilônia (atual Bagdá, no Iraque).


Ruínas da Cidade de Susa. A cidade foi a capital do Império Persa
durante o reinado de Dario I no século V a.C.. Foi completamente
destruída pelos árabes há cerca de 1300 anos, quando eles invadiram
e capturaram todo o planalto iraniano. As ruínas estão localizadas a
cerca de 250 quilômetros do Rio Tigre, no que é hoje o sudoeste do Irã.

Próximo à Babilônia, acredita-se que se dividia em duas rotas, uma dirigindo-se para o Noroeste e então para o Oeste através de Ecbatana e então através da Rota da Seda, e outra prosseguindo para o Leste até à capital persa, Susa (atual Irã) e então para o Sudeste até Persépolis.

A história

Para facilitar a administração e a comunicação entre as províncias do Império Persa, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de comerciantes.

Ela foi construída pelo rei Persa Dario I no século V a.C.. Tão bem conservada era a Estrada Real, que os mensageiros do rei, viajando dia e noite, podiam cobrir sua extensão total em menos de uma semana.


Ruínas da Cidade de Sardes. Depois da conquista da Lídia pelos
persas, em 543 a.C., Sardes foi a capital ocidental do Império Persa.
Em Sardes começava a Estrada Real que conduzia à capital persa de Susa.
As ruínas estão localizadas às margens do rio Pactolo, onde hoje é a Turquia.

Partindo de Sardes, a estrada atravessava a Frigia, atingia o Hallys na altura de Ptéria, dirigia-se para o sul através de montanhas até Samósata no Eufrates, passando o Tigre em Nínive e seguindo, paralela ao curso deste rio, até Susa, onde entroncavam outras vias terrestres e rotas caravaneiras, algumas ligadas a portos do Golfo Pérsico. Numerosos postos e estalagens facilitavam o percurso regular de correios que levavam a toda a parte as ordens do monarca.

Por não seguir exatamente o caminho mais curto e fácil entre as cidades mais importantes do Império Persa, arqueólogos acreditam que a parte oeste da estrada foi, originalmente, construída pelos reis da Assíria, já que ela avança por dentre o coração desse antigo império. As partes mais ao leste da estrada (hoje em dia, o norte do Irã) coincidem com a maior rota de comércio já conhecida, a Rota da Seda.

Para os historiadores Philip Lee Ralph, Robert E. Lerner e Standish Meacham, essas estradas foram construídas pelos Persas com o objetivo principal de facilitar o controle sobre as partes remotas do Império.

Fontes: Só História / Wikipédia / Latime Direito / Infopédia / Templo de Apolo


Leia também!

► O Comércio na Mesopotâmia

► Rota redescoberta

► Rota da Seda: Infinita Highway

2 comentários:

História agora disse...

Poxa seu Blog é muito bom(eu tambem amo história),e tenho um blog de história quando puder de uma passada lá pra vc dar uma olhada.

http://horahistoria.blogspot.com/

Tambem tenho uma postagem sobre os Persar depois da uma olhada lá.

Victor S. Gomez disse...

Historia antiga é o que mais gosto. Estou vendo agora um documentário sobre a rota de Alexandre, o Grande, feito pela BBC de Londres.